sábado, 21 de junho de 2008

de cinco em cinco minutos olho pra algo que não posso ver
e a alegria que meu coração sente faz meus pensamentos entrarem em conflito
parece que tudo que construo tem como base frágeis palitos de dente
e qualquer brisa derrubará todos meus sonhos
é como um castelo de cartas
cada peça acrescentada é um alivio e uma agonia pela próxima
e a qualquer momento tudo vai desabar
e de cinco em cinco minutos olho para um relógio,
olho para o tempo que não passa, para o fim que não chega
como vou poder esperar tanto tempo se passar para ter um final feliz?
eu não quero que o final seja feliz
quero que o meio seja
na verdade tudo isso na minha cabeça parece com minhas pilhas
e pilhas de cadernos, livros e papeis, que acumulo durante minha vida
sem ordem, sem valor, sem nada
e de cinco em cinco minutos aguardo um chamado
uma mensagem, um sinal de que toda minha agonia nada mais é do que
coisas da minha cabeça, e o final feliz?

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