Abro os olhos e percebo o vazio.
Busco alguma coisa pra prender minha atenção e percebo que não sou eu que estou vazio, mas o mundo.
Analiso cada detalhe de tudo que sei.
Vejo que tudo não passa de um papel de seda muito colorido e bonito, mas se cair uma gota de água é o suficiente para dissolve-lo.
O mundo é isso, aparencias, fazem com que tudo pareça normal e em sintonia, mas no fundo é um poço de águas profundas e que ninguém jamais viu o fundo.
Tento preencher esse vazio e entro num redemoinho de idéias tortuosas e as vezes sem sentido.
O que tem sentido?
O que tenho sentido?
Acho que não posso seguir esse rumo, meu raciocionio trava, minhas palavras ficam absortas.
Tramo algumas ideias e a linha de raciocínio embola, tento desembolar, mas me perco em devaneios.
Divago por muito tempo, sobre isso ou aquilo e ainda assim, não encontro solução para o novelo de linha embolado que são minhas ideias, como um gato distraído tentando puxar a ponta do novelo, fico por dias, meses, anos ou uma eternidade.
Quando dou por mim as pontas estão em minhas mãos, o novelo desembolado e nem sei como consegui, quais meios usei para isso.
E as pontas são; uma o problema e a outra a solução, que desembolei sem jamais perceber que o fiz ou ao menos como o fiz.
Até que eu resolva desenrolar o novelo novamente e partir ao mesmo ponto que sempre estive.
Um comentário:
Oi, que bom que voltou a escrever...é sempre bom escrever e aliviar a alma!
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