quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estou me sentindo no fundo do poço, parece que estou boiando com tudo que é resto. Tudo que ninguém quer mais e descarta ali, naquele buraco, descarta num lugar, onde aquele resto todo não possa nem mesmo incomodar os olhos de quem por ali passa.

Sinto-me fraco, é como se toda a felicidade e vida que havia em mim estivessem sumindo bem rápido. Não tenho forças nem pra falar. Emudeço-me.

Ouço com muita lentidão as engrenagens de um mundo funcionando a todo vapor. Tudo parece como uma máquina e estou fora de seu sistema complicado. Sinto-me como um parafuso que não serve para as porcas dessa grande máquina.

Esta cada dia que passa mais insuportável viver. Isso seria uma frase digna de um dramaqueen, mas quem me dera fosse só um drama, uma trama de uma historia em um livro carregado de sentimentalismos baratos. Meu sentimentalismo sim é que é barato. Eu sofro.

Sou um organismo vivo em um corpo estranho, estou sendo atacado pelos anticorpos da humanidade. Preciso ter um fim.

Construo minha vida com muros de açúcar, muros imenso que gasto toda minha força pra fazê-los, mas de que adianta se no fim minhas lágrimas derreterão todo o muro. Um trabalho de uma vida jogado pelo ralo.

Sinto-me sem forças, incapaz e deslocado. Os sons a minha volta se tornam ruídos e me incomodam. Quero gritar, mas ninguém me ouve. Quero chorar mais não vai tirar de mim toda essa dor.

Dói-me o corpo a alma e o espírito. Preciso de um fim, não me importa mais qual, preciso muito de um fim.

-----------------------------------------------------[ Marllon Souza ]

Um comentário:

. disse...

Engraçado passear pelos lugares, sendo eles reais ou virtuais, e escutar um eco do que sinto denntro de mim. Mas que eu me lembre, não falei isso em voz alta para que alguém pudesse ter escutado.
Uai, mas não é um eco????
Ihhhhh... tem mais alguém como eu no mundo???
Coitado
(Tô brincando Marllon... é que tava passadno por aqui e li algo que, sinceramente, parece-me ter sido escrito por mim mesma... gde abraço...)